quinta-feira, 17 de agosto de 2017

A FUNDAÇÃO DA OBRA

Olá, hoje falaremos um pouco sobre uma das etapas mais importantes de uma obra, aquela que dará a sustentação da construção, seja ela de pequeno ou grande porte. É importante se conscientizar que se a fundação não estiver de acordo com as cargas que deve suportar, trará graves problemas para o resto da estrutura (paredes, tetos, etc.). Chama-se fundação a parte de uma estrutura que transmite ao terreno subjacente a carga da obra. O alicerce (ou fundação) serve para apoiar a casa (ou prédio) no terreno. 
Deve-se atentar ao solo, conhecer o tipo e a capacidade de suporte do solo, após o qual é definido o tipo de fundação a ser executada. Através de uma sondagem pode-se definir o tipo ideal de fundação para a obra (existem empresas especializadas em realizar sondagem do seu terreno). Vale a pena "bater na porta do vizinho" e verificar o tipo de fundação que ele construiu ao lado. 
É importante que o profissional adote os seguintes procedimentos para se decidir pelo tipo de fundação que trabalhará:
1 - visita ao local da obra para detectar a existência de alagados, afloramento de rochas, etc.;
2 - visitar obras em andamento nas proximidades, verificando as soluções adotadas;
3 - fazer sondagem a trado (broca) com diâmetro de 2" ou 4", recolhendo amostras das camadas do solo até atingir a camada resistente;
4 - para se profundar, deve-se fazer sondagem geotécnica .

Listamos abaixo 4 tipos de fundação:

- BALDRAME 
Se no local encontrar o solo firme até uma profundidade de 60 cm, recomenda-se abrir uma vala e fazer o baldrame diretamente sobre o fundo dela. O baldrame pode ser de blocos ou de concreto.
- FUNDAÇÃO DIRETA
São estruturas executadas em valas rasas, com profundidade máxima de 3,0 metros, ou as que repousam diretamente sobre solo firme e aflorado, como por exemplo: rochas, moledos (rochas em decomposição), arenitos, piçaras compactas etc., caracterizadas por alicerces e sapata
- FUNDAÇÃO INDIRETA OU PROFUNDA 
O peso da construção é transmitido ao solo firme por meio de um fuste. Estas estruturas de transmissão podem ser estacas ou tubulões.
- FUNDAÇÃO CONTÍNUA
Os alicerces na generalidade dos casos são executados de forma contínua, sob a linha de paredes de uma edificação, utilizando-se: 
a) Sistema de alvenaria de tijolos maciços, em bloco simples ou escalonado;b) Sistema de pedras argamassadas sobre lastro de concreto simples;c) Sistema de alvenaria sobre lajes de concreto armado ( sistema misto);
d) Sistema em concreto ciclópico.


Postamos abaixo imagens da Fundação do ILHA DE CORFU, construção em andamento pela CONSTRUTORA KARVANIS no bairro Portão. Prédio de 7 andares com apenas 14 unidades de 02 e 03 dormitórios e opção para 02 vagas de garagem.














































quarta-feira, 21 de junho de 2017

TIJOLOS FEITOS COM O SOLO DE MARTE

Boa tarde a todos os nossos leitores,

Depois de algum tempo voltamos a publicar em nosso blog textos sobre construção civil e uma variedade de temas relacionados a moradia e qualidade de vida de quem nos acompanha.
O texto de hoje fala sobre inovação, destacando um material tão conhecido em nossa ramo, o tijolo. Engenheiros estão criado um tijolo que é super-resistente com o "solo" de Marte. Estamos buscando matéria prima fora do nosso planeta, já pensou?
A matéria abaixo foi retirada da revista VEJA.

Tijolos feitos com solo marciano


Com a compressão de um material que simula o solo de Marte, cientistas desenvolveram tijolos super-resistentes. A técnica, que não utiliza aditivos químicos ou cozimento em fornos, tem como resultado estruturas mais resistentes que concreto reforçado com aço e, segundo os pesquisadores, pode ser utilizada na fabricação de grandes estruturas em Marte. A descoberta, descrita nesta quinta-feira na revista Scientific Reportsé um passo importante na ida de astronautas ao planeta, prevista para acontecer até 2030. A ideia é que esses tijolos sejam empregados na construção de habitações e pistas de pouso para naves.O estudo foi conduzido por engenheiros da Universidade da Califórnia em San Diego, nos Estados Unidos, e financiado pela Nasa. A equipe já vinha desenvolvendo o mesmo tipo de pesquisa com o solo lunar, até que em 2010, com o foco da agência espacial americana voltado à Marte, os cientistas deram início a experimentos com um material que simulava a composição do solo marciano.
Inicialmente, os pesquisadores formaram tijolos com o produto que simula o solo marciano e usaram 6% de aditivos químicos, que funcionavam como liga na mistura do material (os tijolos comuns, que usamos em construções, têm até 15% de uma substância usada como liga). Essa quantidade foi diminuída aos poucos para verificar qual a menor porcentagem necessária para que o material não quebre. Para a surpresa dos pesquisadores, eles conseguiram retirar completamente os aditivos da composição dos tijolos, sem que ele apresentasse fissuras.Para confeccionar o material, os cientistas colocaram o composto que imita o solo marciano em um tubo de borracha e aplicaram uma pressão, equivalente a soltar um martelo de 4,5 quilos caindo de uma altura de um metro. Como resultado, obtiveram uma resistente placa redonda, com 2,54 centímetros de altura. Essas estruturas resultantes da compressão podem ser cortadas em formatos de tijolos, semelhantes aos utilizados na construção civil. Os cientistas acreditam que as nanopartículas de óxido de ferro presentes na composição do solo de Marte, responsáveis pela cor avermelhada do planeta, é o que serve como liga para a estrutura. As partículas de ferro têm faces planas que se ligam facilmente umas às outras sob pressão. Como resultado, a estrutura criada pela equipe de pesquisadores apresentou uma barreira contra a penetração de gases semelhante à de rochas sólidas e uma resistência maior que a de concreto reforçado com aço. Os engenheiros acreditam que, se aplicada uma pressão maior, podem ser feitas estruturas ainda mais resistentes. A ideia dos astrônomos é que, para edificar uma estrutura em Marte, astronautas usem o material em um tipo de construção em camadas, como na impressão 3D. Com esse método, eles compactariam uma camada de solo em cima da outra e conseguiriam formar grandes estruturas  no planeta. A próxima etapa do estudo será desenvolver tijolos maiores e realizar testes de resistência com grandes estruturas. Um outro impasse a ser resolvido é a presença de perclorato, um sal tóxico a humanos, no solo de Marte, que poderia tornar o uso destes tijolos inviáveis.