O imóvel dos sonhos
dos curitibanos
Pesquisa de intenção de compra aponta que
residências de rua com três quartos são os imóveis desejados pelos consumidores
Publicado em 12/10/2014 | SHARON
ABDALLA
Três dormitórios, dois banheiros e duas vagas de garagem
com R$ 15 mil de entrada e parcelas de até R$ 1 mil. Este é o perfil de imóvel
desejado por 24% dos curitibanos que pretendem adquirir um bem nos próximos
três anos. Ainda que fora da realidade do mercado, os dados apresentam um
panorama da demanda imobiliária da cidade, levantada pela pesquisa de intenção
de compra realizada pela Associação dos Dirigentes das Empresas do Mercado
Imobiliário do Paraná (Ademi-PR) e do Sindicato da Indústria da Construção
Civil do Paraná (Sinduscon-PR).
Oitenta e sete porcento dos 1,8 mil consultados
pelo estudo dizem ter em vista um imóvel residencial, sendo que para 25% deles
a compra vai tirá-los do aluguel. Os que pensam na aquisição como investimento
somam 22%. Para outros 26%, o negócio será para trocar de casa, por uma maior
ou mais nova.
O consultor do Sinduscon-PR, Marcos Kahtalian,
salienta que a intenção não reflete a compra efetiva, que é maior nas
edificações verticais. Isso ocorre por causa do ajuste entre o que o consumidor
deseja e o que pode comprar de fato, principalmente quanto ao orçamento familiar.
“O mercado de revenda exige entradas maiores, enquanto na incorporação o
financiamento é mais facilitado. Isso interfere bastante na decisão de compra”,
explica.
O levantamento dá exemplo da diferença entre o
desejo e a compra. Os imóveis de rua – casas e sobrados – estão nos planos de
40% dos entrevistados, contra 32% dos que buscam apartamentos. Sobrados, casas
e terrenos em condomínios fechados somam 10%.
Perfil do imóvel
Mais da metade dos curitibanos busca imóveis de até
R$ 250 mil, sendo que 22% deles desejam adquirir uma unidade enquadrada nos
valores do programa Minha Casa, Minha Vida. “Este é um mercado que,
infelizmente, não está sendo atendido. Não existem terrenos disponíveis com
custo acessível em Curitiba para a incorporações deste perfil. Então, essa
demanda importante acaba indo para a região metropolitana”, afirma Kahtalian.
Entre os fatores que interferem na decisão de
compra, o bairro onde está localizada a propriedade é o item mais
significativo. Outro ponto destacado pelo estudo é a atenção dada à segurança,
seja do bairro ou do imóvel, que teve peso maior do que o tamanho da casa e a
existência de comércios e serviços na vizinhança.
Fonte: Gazeta do Povo
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