Cuidados
básicos facilitam o financiamento do imóvel
Publicado em
13/07/2014 |
A grande oferta de imóveis no mercado e
a expansão do crédito nos últimos anos encurtaram o caminho para a casa
própria. Contudo, para a maioria dos brasileiros a concretização desse sonho
depende do financiamento. São várias etapas a serem vencidas e pesquisar
antecipadamente é o melhor jeito de enfrentar a burocracia e não cair nas
pegadinhas do financiamento, alertam os especialistas. Mesmo assim, o comprador
pode precisar de uma ajudinha, já que o andamento do processo envolve vários
detalhes e costuma ser demorado. Na Caixa Econômica Federal (CEF), por exemplo,
todo o processo é feito por meio dos correspondentes imobiliários,
profissionais cadastrados pelo banco e indicados pelas imobiliárias e
construtoras para intermediar o financiamento. Para o especialista em Direito
imobiliário Marcelo Tapai, o ideal é que o comprador do imóvel procure alguém
de sua confiança para acompanhar o financiamento, afinal, trata-se de um
investimento alto e de longo prazo. Conhecer os detalhes e se preparar para o
financiamento antecipadamente evita dor de cabeça no futuro. Confira a seguir
algumas dicas fundamentais antes de assinar o contrato.
1 – Avalie sua renda e capacidade de endividamento
O processo de financiamento começa
quando se decide comprar um imóvel. Embora o limite para comprometimento da
renda seja de 30%, especialistas recomendam uma margem menor, de até 25%. Isso
porque, na maioria dos casos a capacidade de endividamento do comprador já está
limitada com outras despesas. Ao menor sinal de que o comprador pode não honrar
a dívida, os bancos acendem o alerta e podem barrar o financiamento.
2 - Prepare-se para os custos adicionais
O financiamento implica em custos que
vão além do valor das parcelas. Pagamento do Imposto sobre Transmissão de Bens
Imóveis (ITBI), despesas de cartório, avaliação do imóvel e avaliação jurídica
dos documentos podem custar até 4% do valor do imóvel, segundo estimativa da
Associação Brasileira dos Corretores de Empréstimo e Financiamento Imobiliário
(Abracefi). O ideal é fazer uma reserva para essas despesas adicionais. Só o
ITBI, que varia conforme a cidade, custa 2,4% do valor do imóvel em Curitiba.
3 – Pesquise e negocie juros menores
Enquanto procura o imóvel que deseja,
compare as linhas de crédito imobiliário disponíveis no mercado e negocie taxas
melhores com os bancos. Observe não apenas a taxa de juros, mas o Custo Efetivo
Total (CET) do financiamento. Os bancos costumam oferecer condições melhores
para quem está disposto a ter “relacionamento” com a instituição, ou seja,
vínculo por meio de conta-salário e outras operações como, por exemplo, seguro
de vida e previdência privada.
4 – Procure ajuda especializada
Na dúvida, a orientação é procurar um
especialista de confiança para acompanhar o processo. “Falta conhecimento sobre
o financiamento de ambas as partes, tanto de quem quer comprar quanto de quem
quer vender o imóvel”, afirma Alexandre Rebonato da Cunha, supervisor da Investbens,
empresa de assessoria imobiliária. Sem o acompanhamento de um bom profissional,
as chances de o processo emperrar em algum ponto aumentam muito.
5- Fuja das pegadinhas
No contrato de financiamento de um
imóvel junto ao banco, apenas dois seguros são obrigatórios e estão embutidos
no Custo Efetivo Total (CET) da operação: o seguro de Morte ou Invalidez
Permanente – que quita o saldo devedor no caso de morte ou invalidez do
mutuário (a alíquota varia de acordo com a idade do comprador e é calculada
sobre o saldo devedor, mês a mês) – e o seguro de Danos Físicos ao Imóvel
(DFI), que cobre a garantia do banco que é o imóvel. É fixo e é calculado sobre
o valor do imóvel.
Fonte: Gazeta
do Povo